15 de dezembro de 2009

RESTRINJO-ME (II)



Restrinjo-me
A tudo o que eu sou

Sem me esquecer

Também de quem não sou

Restrinjo-me

As minhas doces e amargas lembranças

Vivências eternizadas apenas nas minhas recordações

As doces saudades
As salinas decepções
Os sorrisos ingênuos

E nem tão ingênuos assim

E as lágrimas que estão escassas ultimamente


Restrinjo-me ao silêncio

Evitando palavras

Oras ditas

Oras lidas
Oras escutadas

Dou-me o direito de não me aborrecer

Estou cansado com tanta estupidez humana
E de relações vazias


Restrinjo-me ao meu canto

Ao meu espaço

Ao meu quarto em reforma

Ao escritório,

O ambiente onde eu passo mais tempo

Da minha existência, dos meus dias
Dos meus gênios alternantes

Dos meus devaneios


Restrinjo-me
Às madrugadas

À penumbra da noite

Ao silêncio

A solidão

Que me liberta

E ao mesmo tempo me penitencia

O meu refugio


Restrinjo-me

Sobretudo à mim mesmo

Ao que eu penso

Ao que eu sinto

Ao que eu propago

(Dan, 15/12/2009)

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