5 de janeiro de 2010

CHEGASTE


Chegaste
E agora?!!!

O que fazer?!!!
Como construir?!!!

Por onde seguir?!!!


Enfim,
Eu não sei por onde seguir

Qual rumo tomar

Aonde chegar


Apenas que você chegou

E eu não por onde começar


(Dan, 06/01/2010)

DESPEÇO-ME


Despeço-me,
Sem olhar para trás

Não sendo apenas o reflexo

De um profundo desdenho

Apenas me despeço-me


Despeço-me

Do que não me realizou

Do que não me representou

Do que não me burilou


Despeço-me

Das não conquistas

Dos não sorrisos

Das não alegrias


Despeço-me,
Apenas se vá


Não irei olhar pra trás

Porque há pouco para se recordar

Para se resgatar

Para se ter saudades


Despeço-me,

Apenas se vá


(Dan, 06/01/2010)

15 de dezembro de 2009

NEM PORQUÊS, NEM PRA QUÊS


Curvar-se, porquê?!!!
Pedir desculpas, pra quê?!!!

O momento é seu
Sinta-o
Você não tem que pedir permissão

Para viver o seu momento

Bem ou mau

Interessante ou não

Feliz ou não
A fase é sua
O entendimento é seu
A aprendizagem e o padecimento são seus

Curvar-se, porquê?!!!
Desculpar-se, pra quê?!!!
Não é preciso pedir licença
Para você viver o seu processo uno
Você com você mesmo
E mais ninguém
Não cabe parcerias
Não cabe nem convergências e nem divergências
A não ser as suas próprias

Aqui não cabe

Nem porquês

Nem pra quês

Ninguém vive ou viverá a sua vida
Só você tem autonomia para fazer isso
E sentir na pele o que isso representa


(Dan, 15/12/2009)

RESTRINJO-ME (II)



Restrinjo-me
A tudo o que eu sou

Sem me esquecer

Também de quem não sou

Restrinjo-me

As minhas doces e amargas lembranças

Vivências eternizadas apenas nas minhas recordações

As doces saudades
As salinas decepções
Os sorrisos ingênuos

E nem tão ingênuos assim

E as lágrimas que estão escassas ultimamente


Restrinjo-me ao silêncio

Evitando palavras

Oras ditas

Oras lidas
Oras escutadas

Dou-me o direito de não me aborrecer

Estou cansado com tanta estupidez humana
E de relações vazias


Restrinjo-me ao meu canto

Ao meu espaço

Ao meu quarto em reforma

Ao escritório,

O ambiente onde eu passo mais tempo

Da minha existência, dos meus dias
Dos meus gênios alternantes

Dos meus devaneios


Restrinjo-me
Às madrugadas

À penumbra da noite

Ao silêncio

A solidão

Que me liberta

E ao mesmo tempo me penitencia

O meu refugio


Restrinjo-me

Sobretudo à mim mesmo

Ao que eu penso

Ao que eu sinto

Ao que eu propago

(Dan, 15/12/2009)

VAI


Vai, já vai tarde
O que fizeste dediferente por mim?!!!

Pra mim?!!! Por nós?!!!

Nada, não facilitaste em nada

Absolutamente em nada


Vai

Saia por aquela porta

Parta sem destino

Rompa a aurora

Raaaaaaaaaaala

365 dias de buscas

De desencontros


Vai, já é tarde

Dê espaço ao novo

As promessas de mudança

De renovações
De esperanças

De felicidade


(Dan, 15/12/2009)